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Vontade de sumir ou só de respirar melhor?

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Tem dias que a gente acorda com a vontade de sumir. Largar tudo. Desaparecer. Não exatamente porque quer fugir da vida, mas porque a vida do jeito que está parece impossível de continuar. E, antes que você se sinta mal por pensar assim: calma. Esse tipo de pensamento tem sido cada vez mais comum em tempos de exaustão silenciosa, cansaços cumulativos e expectativas inalcançáveis.

A boa notícia? Talvez você não queira desaparecer. Talvez você só esteja precisando respirar melhor.

O burnout silencioso: quando tudo continua, menos a gente

O burnout que se mostra em forma de colapso é só uma parte do problema. Existe uma outra forma de esgotamento que é mais difícil de detectar. Um burnout silencioso, que vai se infiltrando no dia a dia: pequenas desistências, tarefas automáticas, desinteresse por tudo o que antes dava prazer. E por isso é tão perigoso. Porque muitas vezes passa como “fase ruim” ou “cansaço normal”. Mas não é.

Estudos apontam que o burnout está cada vez mais comum entre pessoas na faixa dos 30 a 40 anos, especialmente mulheres, profissionais autônomos e quem vive em ambientes de trabalho instáveis. Não à toa, o tema se tornou recorrente em pesquisas e rodas de conversa.

Sumir: o desejo de não precisar performar

Quando a gente pensa em sumir, muitas vezes o que está por trás é o desejo de parar de ter que dar conta. Dar conta do trabalho, da vida social, das metas, do corpo, das redes. Sumir, no fundo, seria um jeito simbólico de silenciar todas essas cobranças e reencontrar o silêncio interno.

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É uma vontade menos sobre “ir embora” e mais sobre encontrar um lugar onde a gente não precise representar o tempo todo. Um lugar onde a gente possa simplesmente ser, sem pressa, sem meta, sem feed.

Respirar melhor: o que a gente pode fazer (de verdade)

Claro que nem todo mundo pode se dar ao luxo de parar tudo e tirar um sabático. Mas existem pequenas escolhas que ajudam a aliviar esse desejo de sumir, e que estão mais ao nosso alcance do que parecem:

  • Desligar o modo “alta performance” por um dia. Trabalhar no ritmo possível.
  • Fazer uma pausa intencional, mesmo que curta. Um café sem tela, um passeio sem destino, um banho mais demorado.
  • Falar sobre: nomear o cansaço, conversar com alguém de confiança, buscar espaços de escuta segura.
  • Trocar metas por perguntas: o que me faria respirar melhor hoje? Como eu gostaria de me sentir ao final dessa semana?
  • Procurar apoio: terapias, grupos, conversas. A ajuda não precisa vir só quando a gente está no limite.

Querendo ou não, a pressão para estar sempre bem, produtivo e conectado cria um cansaço que não aparece nas fotos. Mas ele está lá. E se manifestar através da vontade de sumir é um jeito do corpo pedir cuidado.

Talvez, no fundo, a gente não queira desaparecer. A gente só quer voltar a caber na própria vida. E isso começa com uma respiração mais profunda, uma pausa sem culpa e o reconhecimento de que a leveza não é um luxo: é uma necessidade.

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