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O tempo que não rende, mas sustenta

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Vivemos cercados pela ideia de que todo tempo precisa render.
Cada hora, cada clique, cada pausa precisa ser transformada em algo: entrega, resultado, monetização. E quando não rende? A gente sente culpa.

Mas existe um tempo que não aparece nos gráficos.
Um tempo que parece inútil — e, mesmo assim, sustenta tudo.
Esse é o tempo que queremos defender aqui.

O tempo invisível (e essencial)

O tempo do descanso. O tempo da dúvida. O tempo de não saber. O tempo de pensar olhando pela janela. O tempo da ideia que ainda não chegou. O tempo que a gente “perde” — mas que, na verdade, está ali gestando alguma coisa.

Esse tempo, que não é linear nem produtivo, é o tempo da criação.
Do amadurecimento. Da assimilação.
É ele que permite que as ideias fermentem, que as escolhas façam sentido, que o corpo volte a se alinhar.

Trabalhar sem parar não é sinal de potência — é sinal de alerta

Se você trabalha remotamente, a tendência é que os dias se embaralhem. Que o “só mais um e-mail” invada o jantar. Que o “só mais uma entrega” roube o domingo. Sem perceber, o tempo todo vira tempo de trabalho.

Mas esse ciclo tem fim. E ele quase sempre chega com um nome: exaustão.

Trabalhar muito não é problema. O problema é nunca parar.

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O tempo ocioso é o tempo do cuidado

A gente precisa de tempo que não serve pra nada.
Pra andar sem destino. Dormir sem alarme. Ler algo que não vai ser postado. Fazer uma caminhada sem passo acelerado.

Esse tempo sem retorno imediato é o que regenera.
É o que alimenta a presença.
É o que separa a vida da tarefa.

E se o seu melhor insight vier no banho?

Provavelmente vai. Ou no ônibus. Ou lavando a louça.
Porque o cérebro precisa de espaço. De tédio. De distração.
É ali, nos vãos do dia, que ele faz ligações inesperadas.
E quando você volta pro trabalho, volta melhor.

Criar (e viver) exige esse tempo não-aproveitado.
E quanto mais a gente aceita isso, mais leve fica o processo.

Nem todo tempo precisa render.
Alguns tempos precisam apenas existir.
São eles que sustentam os outros.
Os que não aparecem no cronograma, mas seguram o que está em cima.

Na dúvida, respira. E lembra: o tempo que não rende também vale.

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