Nem sempre o tempo é cronológico. Às vezes ele desacelera, dobra, para. O cinema, com sua linguagem própria, é mestre em manipular o tempo e nos convidar a vivê-lo de outros jeitos. Se você anda questionando sua rotina acelerada, sua pressa diária ou sua relação com o presente, essa lista é para você.
A seguir, selecionamos 5 filmes que não são sobre o tempo, mas são atravessados por ele. Prepare-se para sair diferente depois de cada um deles.
1. Quanto tempo o tempo tem (2015), de Adriana Dutra
Um documentário que serve como ponto de partida para muitas reflexões. Com entrevistas de pensadores como Mário Sergio Cortella, Monja Coen e Domenico De Masi, o filme investiga como o tempo foi transformado pela sociedade moderna e como podemos, talvez, reinventá-lo.
Disponível em: Amazon Prime Video (verificar disponibilidade)
2. A grande beleza (2013), de Paolo Sorrentino
Jep Gambardella vive em Roma e, após completar 65 anos, começa a revisitar suas escolhas, relações e memórias. A estética grandiosa e contemplativa de Sorrentino nos lembra que o tempo passa e a beleza da vida está tanto no barulho das festas quanto no silêncio das ruas.
3. As cinco graças (2015), de Deniz Gamze Ergüven
Num vilarejo turco, cinco irmãs enfrentam o peso das tradições patriarcais. A passagem do tempo é sufocante, mas também revela os pequenos gestos de resistência. Um filme que mostra como o tempo pode ser uma prisão ou uma brecha para a liberdade.
Disponível em: Telecine e Apple TV
4. O espelho (1975), de Andrei Tarkovsky
Um dos filmes mais desafiadores (e poéticos) sobre tempo e memória. Aqui, Tarkovsky mistura lembranças, sonhos e realidades sem qualquer compromisso com a linearidade. Exige presença e entrega, como o tempo real.
Disponível em: MUBI
5. Nomadland (2020), de Chloé Zhao
Fern, uma mulher na casa dos 60, parte em uma jornada nômade pelos Estados Unidos após perder tudo na crise de 2008. A paisagem muda, o tempo se dilata, e o filme nos convida a repensar o que é liberdade, permanência e futuro.
Disponível em: Disney+
Esses filmes não são rápidos. E é justamente por isso que fazem sentido. Assistir a eles é um convite a respirar diferente, a sentir o tempo com outra textura. E, quem sabe, a reorganizar o seu ritmo também.
Curtiu a lista? Você pode gostar também do nosso texto Como o fim da pandemia mudou nossa relação com o tempo ou do artigo sobre o documentário Quanto tempo o tempo tem.
Quer que eu siga com a próxima ideia da lista?
